A Vigilância Sanitária de Itapema-SC identificou uma casa onde ocorriam serviços de preparação de corpos clandestinamente. O local não tinha o licenciamento sanitário e ambiental e há suspeitas de que os resíduos – incluindo sangue e vísceras humanas – eram descartados de forma irregular.
A situação já era acompanhada pela Vigilância Sanitária há cerca de um mês. Em abril foi descoberta uma outra casa, com atividade semelhante, e as suspeitas são de que o serviço tenha sido transferido. A preparação de corpos ocorria nos fundos de uma residência de classe média-alta, para onde os cadáveres eram levados também de forma clandestina.
Os fiscais da Vigilância Sanitária conseguiram flagrar a chegada de um corpo ao local. Segundo o diretor do órgão, uma equipe fez o monitoramento do transporte e flagrou o momento em que o cadáver foi retirado de um carro de funerária e colocado em outro, descaracterizado.
A operação foi feita com o apoio da Polícia Militar e a ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil, para que seja alvo de inquérito criminal. O corpo que chegava ao local para ser preparado foi encaminhado a uma funerária.
Licenciamento é rígido
Segundo o diretor da Vigilância Sanitária local, a preparação de corpos demanda um licenciamento rígido. Na região, as vísceras, por exemplo, precisam ser cremadas ou enterradas em local autorizado. E o descarte do sangue e dos fluidos também têm destinação final específica, feita por empresas autorizadas.
O órgão vai investigar, agora, de que forma era feito o descarte e, dependendo do resultado da apuração, o responsável poderá responder por isso também.
Fonte: Jornal de Santa Catarina