Até os dias de hoje, não se sabe exatamente o que mantém o líder da União Soviética – quase – intacto há 95 anos
Quando Lenin morreu em 21 de janeiro de 1924, o primeiro plano do governo russo e da viúva era o de enterrá-lo. Isso não aconteceria imediatamente, visto que eles planejavam um grande funeral para consagrar o óbito de um dos mais importantes personagens da Revolução Russa de 1917. Mas ele permaneceu muito mais tempo do que previsto em cima da terra — até os dias de hoje.
Logo após seu falecimento, o soviético foi embalsamado de maneira temporária para que os russos pudessem se despedir dele. O funeral, porém, durou quatro dias, em que milhares de pessoas foram prestar homenagens ao grande líder da União Soviética. A magnitude do evento fez com que as autoridades russas percebessem que, provavelmente, mais pessoas gostariam de vê-lo.
Foi assim que um mausoléu de madeira foi construído nas proximidades da Praça Vermelha, em Moscou. As baixíssimas temperaturas ajudaram o corpo a se manter praticamente intocado, mas ainda assim a decomposição começou a afetá-lo e os cientistas tiveram que começar a pensar no que fazer para tentar preservá-lo.
Depois de 56 dias, o governo soviético tomou a decisão oficial de não enterrar o cadáver de Lenin e, a partir disso, passaram a buscar maneiras de, permanentemente, embalsama-lo e mantê-lo conservado.
O plano de embalsar o corpo de Lenin era de curto prazo, mas após o patologista Alexei Ivanovich Abrikosov perceber que seria possível conservar o cadáver por mais tempo, o mausoléu logo se tornou um símbolo do governo soviético.
Tudo o que se sabe é que os órgãos internos do comunista foram retirados e somente o esqueleto e os músculos dele permaneceram. Além disso, sabemos que o corpo é retirado regularmente do seu posto no mausoléu e levado para que ele possa ser “re-embalsamado”.
Um membro do time responsável por esse processo, Pavel Fomenko contou em uma entrevista, em 2011, que realizava a retirada de órgãos e sangue, e inseria na veia uma solução — até agora desconhecida.
Ainda assim, a equipe responsável pelo embalsamento do corpo do político nunca revelou de fato que substância de conservação é utilizada, permanecendo envolta em mistério até dos dias de hoje.
Ao longo dos anos, existiram problemas como o aparecimento de manchas no rosto e nas mãos. Foram resolvidos pelo grupo de especialistas prontamente, visto que eles visitam o local diariamente e ainda são responsáveis por sua manutenção, como tem sido desde o dia de seu falecimento.
O sucesso do “sono eterno” de Lenin fez com que outros governos interessados no procedimento fossem atrás dos especialistas responsáveis. O vietnamita Ho Chi Minh, o búlgaro Georgi Dimitrov e os norte-coreanos Kim Il-sung e Kim Jong-il também foram embalsamados pela equipe do chamado “Lenin Lab”. Além deles, Josef Stalin também é mantido sob a mesma técnica.
Isso fez com que o segredo da solução fosse colocado à prova, gerando uma grande polêmica. Para manter seu enigma, os cientistas fazem visitas programadas aos corpos de outras nacionalidades com o intuito de realizar uma manutenção, se recusando a entregar sua fórmula — que permanece uma incógnita até hoje.
Fonte: Aventuras da História