O jornalista faleceu na manhã de quarta-feira, 10, após sofrer um infarto em sua casa no Rio de Janeiro
Paulo Henrique Amorim tinha 77 anos e foi vítima de um infarto fulminante. Ele deixa a mulher, Geórgia Pinheiro, uma filha e dois netos.
Familiares e amigos darão o último adeus nesta quinta-feira, 11, das 10 às 15 horas, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. O local do sepultamento ainda não foi divulgado.
Após o anúncio do falecimento, diversos famosos se manifestaram nas redes lamentando a partida do profissional.
Carreira – Nascido no Rio de Janeiro, formado em Sociologia e Política, filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim (1906—1984), tem dois irmãos. Seguindo passos do pai, estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar na imprensa ainda adolescente.
Trabalhou em jornais, revistas, televisão, Internet e publicou livros. Cobriu eventos com repercussão internacional: como a eclosão do vírus ebola na África (1975 a 1976); a eleição (1992) e a posse do então novo presidente norte-americano Bill Clinton (1993); os distúrbios raciais (1992) e o terremoto (1994) de Los Angeles; a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México (1994).
O primeiro emprego como jornalista foi no jornal A Noite, no Rio de Janeiro em 1961, ano em que fez a cobertura para o jornal, a renúncia do presidente Jânio Quadros e a tentativa do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, o qual formou a Cadeia da Legalidade para garantir a posse do vice, João Goulart, que seria derrubado em 1964.
Trabalhou em Nova Iorque, como correspondente internacional. Foi contratado pela Editora Abril para ser repórter e correspondente internacional, primeiro da revista Realidade, depois da revista Veja, sendo seu primeiro correspondente internacional.
Paulo Henrique Amorim atuou nas emissoras de TVs Manchete e Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos nos Estados Unidos.
Em 1996, deixou a Globo pela Rede Bandeirantes, onde passou a apresentar o Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado, que por adotar postura independente, já produziu desentendimentos com diversos políticos ao vivo.
Em agosto de 1998, acusou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva por adquirir apartamento e carro por meio ilegal, em meio a campanha eleitoral presidencial. No entanto, investigações comprovaram a legalidade e Lula entrou com processo contra o apresentador, a Rede Bandeirantes, conseguido direito de resposta.
Em 1999 foi para a TV Cultura, apresentando o talk-show Conversa Afiada. O programa durou até o final de 2002, quando terminou o contrato.
Em 2003, foi contratado pela Rede Record. Em fevereiro de 2006, passou a apresentar o programa Domingo Espetacular, onde permaneceu até 23 de junho de 2019, quando foi afastado do comando da atração.
Trabalhou no WebTV, do extinto ZAZ e em 200 inaugurou o UOL News no UOL.