A doença é outra, mas vivemos novamente uma escalada com prontos socorros cheios e casos de morte preocupando as autoridades
Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil pode atingir até 5 milhões de casos de dengue em 2024. O alto índice seria resultado de uma combinação de fatores: calor intenso, grande volume de chuvas e o ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus que causa a doença. Ainda de acordo com a pasta, o número de mortes também pode ser recorde neste ano.
Mais de 1 milhão de casos foram registrados apenas nos primeiros 2 meses de 2024, uma incidência de 27,5 diagnósticos a cada 100 mil habitantes. O dobro do registrado no mesmo período no ano anterior. Em 2023 foram 1.079 óbitos confirmados – o maior número desde a década de 80.
O Ministério da Saúde alerta para a possibilidade de cenário epidêmico de dengue e o SUS iniciou uma campanha de vacinação. Em janeiro metade do lote de 1,3 milhões de imunizantes foram disponibilizados e a aplicação vai privilegiar pessoas de 06 a 16 anos – os mais vulneráveis – nessa primeira fase. A expectativa é de 5 milhões de doses até o fim do ano.
Combate ao mosquito – Diferente da COVID, a Dengue depende de um vetor de transmissão, no caso o mosquito Aedes Aegypti.
Para empresas funerárias e cemitérios a recomendação é a mesma para a toda a população: evitar os criadouros e manter os limpos os estabelecimentos e sem recipientes que possam armanezar água. Vasos de plantas devem ter areia, restos de construção, materiais descartados e quintais devem ficar livres de sujeira. Recipientes de água e comida de animais (de guarda ou estimação) devem ser limpos com escovação a cada semana.
Os velórios de pacientes vítimas da Dengue, ou suas doenças afins, podem ser realizados normalmente, uma vez que após a morte do hospedeiro não é mais possível ocorrer a transmissão. Para os profissionais que manuseiam ou têm contato com o corpo, os riscos equivalem-se aos de outras mortes, que não por doenças infectocontagiosas, portanto os procedimentos de proteção são os mesmos.
Além de campanha de saneamento junto à população, programa de imunização e a nebulização dos principais focos do mosquito, outro aliado é a dispersão de mosquitos inoculados com uma bactéria que impede a transmissão da doença. Há também a alternativa que modifica a “genética” dos mosquitos, impedindo que nasçam fêmeas (as que picam as pessoas e portanto são os transmissores).
Os estragos do Aedes
Dengue é a doença transmitida pelo aedes aegypti mais conhecida e presente no Brasil. O país vive hoje uma epidemia.
Transmissão: O vírus da dengue é transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti.
Sintomas: Febre alta (geralmente dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal, vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Em casos extremos, a dengue pode matar.
Tratamento: A pessoa com sintomas da dengue deve procurar atendimento médico. As recomendações são ficar de repouso e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue. Caso apareçam os sintomas da versão mais grave da doença, é importante procurar um médico novamente.
Revista Diretor Funerário / fev 2024