A unidade de saúde afirma que o erro ocorreu quando a funerária fez a remoção de um corpo que ainda aguardava identificação
A morte de dois idosos em um hospital particular na zona norte do Rio de Janeiro virou caso de polícia após os parentes perceberem que os corpos foram trocados. O erro foi descoberto por Eduardo Costa, filho de Waldyr Rosa da Silva, de 80 anos, depois que o corpo do pai já havia sido enterrado pela família de Haicton de Paula Ferreira, de 62.
Waldyr morreu devido a um câncer, e o filho notou que algo estava errado quando chegou à unidade de saúde para fazer o reconhecimento do corpo. Até aquele momento, não imaginava que o sepultamento do idoso já havia ocorrido por engano, na última segunda-feira (4).
“Tinha o nome de outra pessoa”, explica Eduardo. Ele critica ainda o fato de não ter sido orientado a usar equipamentos especiais de proteção durante o reconhecimento, visto que Haicton, o outro idoso, morreu de Covid-19.
No primeiro enterro, ninguém percebeu a troca porque o caixão estava fechado, seguindo os protocolos de segurança da pandemia. Agora, a família de Haicton já conseguiu fazer a despedida correta, mas Eduardo ainda aguarda o procedimento, pois a Justiça autorizou nesta quinta-feira (7) a exumação do corpo de Waldyr. “Uma angústia horrível”, pontua o homem.
O hospital informou que instaurou uma sindicância interna assim que tomou conhecimento do fato. Além disso, disse que o problema aconteceu no momento em que a funerária fez, sem saber, a remoção do corpo de um paciente que ainda aguardava identificação da família. A funerária, por sua vez, afirmou que houve engano no reconhecimento de um dos corpos.
Fonte: SBT