Oi Pai.
Eu nunca sepultei um Pai. Eles são eternos.
Eu nunca vi um homem mais belo ou mais forte que um Pai. Eles são invencíveis, nem o tempo ou a distância conseguem destruir sua imagem na memória de um filho.
O corpo do meu Pai não suportou a grandiosidade do seu coração e sua alma teve que dele se libertar. No começo, a dor de não poder tocar nele, abriu abriu uma grande ferida, que foi ao longo do tempo se cicatrizando pela energia que passei a sentir, todos os dias, até que pude perceber que, no momento que seu corpo deixei no cemitério, ele se levantou e passou a caminhar do meu lado, todos os dias. Deixei lá o que era perecível e saí com o que é eterno.
Ninguém é completamente órfão de Pai, apenas privado da sua presença material, quando estes precisam seguir adiante, certamente para nos preparar, como já fizeram quando do nosso nascimento neste plano, um novo lar.
Obrigado meu Pai Orlando Panhozzi, por estar aqui, do meu lado, sempre. Não sei qual sua imagem agora, mas sinto sua energia cada dia mais forte, talvez porque os anos que se passaram, nos faça ficar a cada dia mais próximos. Esta magia do tempo, que nos faz envelhercer para poder compreender e aceitar, é a maior lição de vida que o TODO nos propícia.
Parabéns Pai. Pelo dia que comemora este título. Parabéns Pai por todos os demais dias que comemoro ser seu filho.
Lourival Panhozzi