Morreu na quarta-feira (19/02), em São Paulo, aos 83 anos de idade, o ator e cineasta José Mojica Marins, conhecido como Zé do Caixão. Ele estava internado desde 28 de janeiro para tratar de uma broncopneumonia.
Em 2014, ele já havia sofrido um infarto e passou por uma angioplastia. No ano seguinte foi tema de uma exposição no Museu da Imagem e do Som.
Filho de artistas circenses, e pai de sete filhos, Zé do Caixão nasceu no dia 13 de março de 1936, em São Paulo.
Ao longo de uma extensa carreira ele atuou em mais de 50 filmes e dirigiu 40 produções no Cinema.
Personagem famoso – O apelido que carregou durante praticamente toda sua carreira veio por conta de sua atuação no filme “À meia-noite levarei sua alma”, produzido em 1964. O filme foi um grande sucesso, com filas na entrada do cinema virando o quarteirão.
Esse agente funerário sádico, personagem mais famoso do ator, também aparece nos filmes “Esta noite encarnarei no teu cadáver”, de 1967, “O estranho mundo de Zé do Caixão”, de 1968, e, por último, “Encarnação do demônio”, produzido em 2008.
Em uma entrevista, Mojica disse que seu personagem mais famoso surgiu durante um pesadelo, em que um homem, usando uma capa preta, o arrastava para um túmulo.
O personagem que o tornou famosos era Josefel Zanatas, filho de um casal proprietário de uma rede de funerárias. Tal profissão dos pais fez com que Josefel na infância fosse uma criança muito discriminada pelos colegas de escola.
Carreira no cinema – A carreira no cinema começou quando ele tinha apenas 17 anos, quando fundou a Companhia Cinematográfica Atlas, que fazia a produção de filmes amadores.
O primeiro longa, “A sina do aventureiro”, foi produzido em 1958.
Além de produções do gênero terro, Zé do Caixão também fez filmes de aventura, faroeste, pornochanchada. Nos anos 60 influenciou o movimento do cinema marginal.
Na década de 90 ele apresentou o programa “Cine Trash”, na TV Bandeirantes, e em 2008 estreou o programa de entrevistas no Canal Brasil chamado “O estranho mundo do Zé do Caixão”. A atração teve ao todo sete temporadas.
Zé do Caixão será velado no Museu da Imagem e do Som – MIS, na capital paulista. A cerimonia começa as 16 horas de 20/02. O sepultamento será no Cemitério São Paulo, às 12h desta sexta-feira.