Funerárias em toda Inglaterra estão se recusando a aceitar reservas para a próxima segunda-feira, quando o funeral da rainha Elizabeth II deve ocorrer

O rei Charles confirmou que um feriado nacional para marcar o funeral da rainha acontecerá na próxima segunda-feira (19/09), o que significa que milhares de empresas, incluindo muitas funerárias e serviços de terceiros usados ​​por essas empresas, serão fechadas.

Algumas pessoas alegaram que o funeral de um ente querido, ou de um parente de um amigo, foi cancelado em deferência à rainha – mas os funerários insistiram que honrarão as reservas existentes e só adiarão se for a vontade do enlutados.

A Co-op Funeralcare, uma das maiores cadeias funerárias do Reino Unido, está entre os fornecedores que fecham suas filiais para permitir que os funcionários “reflitem, lamentem a morte de Sua Majestade a Rainha e assistam seu funeral, se assim o desejarem”, mas disse que “não cancelou”  os serviços fechados.

“Continuaremos a ter funerais planejados pelas famílias onde o crematório e outros serviços permanecem abertos”, disse uma porta-voz da empresa.

Mulçumanos – Os funerais judeus e muçulmanos acontecem o mais rápido possível após a morte, geralmente dentro de 24 horas. Mas a adição de um feriado imprevisto ao calendário em 19 de setembro tornará extremamente difícil para as famílias daqueles que morrem no fim de semana obter a documentação necessária para permitir o enterro antes de terça-feira.

A Jewish Joint Burial Society, que fornece serviços funerários para judeus e seus parceiros não judeus na Inglaterra, disse que seu cemitério em Enfield, norte de Londres, será aberto na segunda-feira, mas antecipou que “haverá um problema” porque as pessoas que que morrem em casa no fim de semana provavelmente não receberão uma certidão de óbito por seu médico de família antes de terça-feira.

Sem esse documento, as famílias enlutadas não terão uma certidão de sepultamento ou cremação do corpo.

 “Será quase impossível enterrar alguém a menos que consiga uma certidão de óbito de emergência e isso é muito improvável”, disse o executivo da empresa.

Embora os prestadores de serviços funerários tenham insistido que não cancelarão as reservas contra a vontade de seus clientes, eles receberam perguntas de famílias solicitando que os serviços fossem transferidos.

Deborah Smith, porta-voz da Associação Nacional de Diretores Funerários, disse que os funerários estão “sendo liderados pelos desejos das famílias enlutadas que têm funerais nessa data”.

Wendy Buchan, diretora executiva da Sociedade de Cremação da Grã-Bretanha, disse: “Os serviços públicos estão autorizados a operar como de costume – então não há nada para impedir que os funerais ocorram, mas caberá aos crematórios individuais qual serviço eles desejam fornecer”.