Funerária seguem recomendações do Ministério da Saúde para velórios e enterros
Com o número de mortes pelo novo coronavírus ultrapassando a marca da centena no País, o Ministério da Saúde divulgou orientações que podem ser adotadas por empresas funerárias em seus procedimentos.
O protocolo traz recomendações em relação aos velórios e enterros, como o tempo máximo de duração e capacidade total de pessoas, além de higienização de espaços, remoção e manejo de corpos e utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos profissionais envolvidos no processo. Em paralelo aos decretos municipais e estadual, bem como observando orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o manual está sendo utilizado por funerárias da região. Novo Hamburgo deve publicar regramento em relação ao assunto até o final desta semana.
A duração máxima de quatro horas do velório, dentro do período diurno, é uma das medidas já adotadas pelo Jardim da Memória, em Novo Hamburgo, e outras empresas locais. Além disso, há o consenso de participação de até dez pessoas, visando evitar aglomerações. Entre elas, precisa ser mantida a distância recomendada. O momento deverá ficar restrito aos familiares mais próximos, evitando a presença de integrantes do grupo de risco da covid-19, como idosos, portadores de doenças crônicas e gestantes. Uma alternativa oferecida pelo Jardim da Memória, por exemplo, é a disponibilização da ferramenta de transmissão online do velório “para os demais familiares e amigos poderem acompanhar”, informa.
Suspeita ou confirmação de covid-19
Quando houver a suspeita ou confirmação da infecção pelo novo coronavírus, a recomendação é de que não seja realizado velório. O sepultamento será direto, com ataúde lacrado, como relatam as funerárias Kirsch, de Campo Bom, e Dois Irmãos, do município de mesmo nome. De acordo com o Ministério, “os falecidos devido à covid-19 podem ser enterrados ou cremados, mas os velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos da doença, que juntem muitas pessoas em um ambiente fechado, não são recomendados” em função do risco de transmissão entre familiares e amigos.
Higienização e uso de EPIs
Sobre a higienização e ventilação dos espaços, o Jardim da Memória destaca que há reforço nos protocolos de limpeza e os ambientes permanecem abertos para circulação de ar. O álcool gel é disponibilizado em diversos pontos, assim como há o asseio externo do caixão com álcool líquido antes de levá-lo para o velório. Ainda, “quem faz a remoção do hospital até a funerária deve utilizar os EPIs apropriados, em uma indumentária semelhante à usada pelos profissionais da saúde”, comunica. Conforme o Ministério da Saúde, a autópsia não deve ser realizada.
Fonte: Jornal de Novo Hamburgo