A cadela Branquinha, que por mais de cinco anos foi personalidade no cemitério municipal de Avaré, interior de São Paulo, ao falecer, em 2013 , recebeu homenagens e é – até hoje – reverenciada.O animal ganhou uma estátua no jardim em frente ao velório municipal.
Branquinha não tinha raça definida e vivia no cemitério. O que chamava a atenção dos moradores da cidade era o costume que o animal tinha em acompanhar os velórios. Além disso, quando saíam os cortejos para os sepultamentos, Branquinha tomava a dianteira do percurso e ficava à beira do túmulo até os coveiros finalizarem o procedimento de enterro.
Para muitos moradores, o comportamento da cachorra era admirável e acabava sensibilizando as pessoas que tinham perdido um parente ou amigo. De acordo com funcionários do cemitério, Branquinha sofria de câncer e não resistiu a doença. Ela era cuidada pelos próprios funcionários públicos, que levavam comida e roupas em dias de frio.
A ideia da estátua foi da presidente da Casa de Artesanato da cidade, a artista plástica Castorina Rodrigues. De acordo com diretora da unidade, Adriana Barreto Gonçalves, que ajudou nos preparativos para a homenagem, após a morte do animal Castorina ficou sensibilizada. Ela então decidiu encomendar uma estátua em tamanho natural da cachorra. A peça foi criada pelo escultor Florisval Tegani.
No espaço reservado para eternizar a memória da cachorra querida pelos moradores de Avaré, a estátua dela é acompanhada por uma placa com o seguinte texto. “Sou Branca, branquinha de alma e coração. Por muitas vezes, acompanhei suas aflições. Hoje, estou com os anjos em oração e para ser guardiã de todos que por aqui se encontrarão”.