Em tempos de pandemia coronavírus, o sistema de saúde do Brasil dá constantemente provas de suas fragilidades, seja com a superlotação, com falta de leitos, ou equívocos que podem virar problemões.
A família de Maria da Conceição de Oliveira, de 68 anos contratou uma funerária para levar o corpo da idosa até sua casa, onde seria o breve velório da paciente vitima de Covid19. Um dos filhos perguntou ao funcionário como estava a idosa e ele teria respondido “bata vermelha e cabelos brancos”.
Essa descrição alertou os familiares, uma vez que Maria não tinha cabelos brancos e não utilizava nenhuma bata vermelha. Um dos netos teve coragem pra abrir o caixão e foi um susto terrível: “era uma senhora morena, com tubo na boca”, disse a família.
Os familiares de Maria vieram saber que Maria estava viva por intermédio de uma enfermeira, que chegou a fazer uma chamada de vídeo para comprovar que a senhora estava viva. Diante do erro grave do hospital, a família da idosa registrou um boletim de ocorrência.
Após o susto, a família já se reencontrou com Maria em um leito do Hospital Abelardo Santos, em Belém. Lá ela estava tratando os sintomas do novo coronavírus, mas já vinha em franco processo recuperatório.
Segundo familiares, as novas tomografias nos pulmões apontaram melhoras. Ela tinha sido dada como morta um dia após dar entrada na unidade de saúde.
A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) reconheceu o erro e justificou que a confusão se deu por falta de estrutura no sistema devido ao crescimento exponencial dos casos de coronavírus no estado.
O estado do Norte do país figura como a quarta região mais afetada pela Covid-19 em solo nacional.
Fonte: 1news.com