Os profissionais deste setor alegam ser uma atividade de primeira necessidade dentro da cadeia sanitária do país
Dirigentes de associações representativas do setor funerário defenderam hoje que os profissionais desta área devem integrar os grupos prioritários de vacinação contra a covid-19, justificando o risco com o fato de ser uma atividade de primeira necessidade.
O presidente da Associação Portuguesa dos Profissionais do Setor Funerário, Paulo Carreira, alertou que numa pequena funerária, com poucos recursos, se um dos elementos é infectado, a probabilidade de ter de isolar profilaticamente toda a equipa é enorme.
“Logo, essa funerária vai estar incapaz de, durante pelo menos 15 dias, poder realizar funerais”, declarou, admitindo que esta situação pode acontecer até em grandes cidades, onde o impacto provavelmente não é tão visível pela quantidade de funerárias que conseguem absorver a necessidade atual.
“Temos todos os cuidados, mas não estamos num ambiente 100% controlado e claro quando vamos a casa das pessoas ou hospitais, tem um antes, um durante e um depois, em que é inevitável o contato pessoal”.
Em Portugal, no entanto, a fase 1 da campanha de vacinação contra a covid-19 define como grupos prioritários as pessoas com 80 ou mais anos. Até agora os funerários não foram contemplados.
No Brasil a categoria está sendo contada como linha de frente pela maioria dos municípios e muitos colaboradores já foram até imunizados. Onde a diretriz ainda não está definida é possível apresentar o oficio da ABREDIF – Associação de Empresas e Diretores do Setor Funerário – para solicitar reavaliação.
Fonte: M80PT