O estado de São Paulo voltou a bater recorde na pandemia com mais de 1.200 mortes por Covid em 24 horas. No cemitério de Vila Formosa, o maior do país, um gerador de energia foi montado perto das covas.
A prefeitura da capital paulista autorizou os sepultamentos a noite, depois que o número de mortes no Estado chegou a 1.209.
No cemitério de Vila Formosa, o maior do país, um gerador de energia foi montado, no fim do dia, perto das covas. O primeiro enterro da noite foi o do corpo de um homem de 66 anos.
Em outro cemitério, já passava das 21h quando aconteceu um enterro que estava previsto para às 15h. Quatro dos 22 cemitérios públicos de São Paulo foram preparados para os enterros noturnos.
O plano de contingência para os sepultamentos na cidade de São Paulo foi colocado em prática pela primeira vez desde o começo da pandemia. As portas dos cemitérios ficarão abertas à noite por tempo indeterminado. Nas últimas duas semanas, o número de enterros vem batendo recordes.
O dia com mais enterros na capital de São Paulo desde o começo da pandemia era 14 de julho de 2020: 262. No dia 26 de março, no entanto (26), o número chegou a 393 enterros.
“Nesse momento de crise, é fundamental que a gente consiga fazer sepultamentos noturnos para dar dignidade e minimizar a dor das famílias”, declarou o secretário municipal das subprefeituras de São Paulo, Alexandre Modonezi.
Para transportar os corpos, o serviço funerário teve que contratar 50 vans, parte delas fazia transporte escolar.
Pelo país, as funerárias enfrentam falta temporária de caixões. Uma empresta para a outra.
“É um momento da gente colaborar, se unir e oferecer recursos. Ninguém está com recursos de sobra, ninguém está ocioso, mas o compartilhamento nesse momento é o mais importante para a gente evitar um possível colapso”, alertou a presidente do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios do Brasil, Gisela Adissi.
Fonte: G1