Cearense morre em SP e família arrecada doações para pagar despesas funerárias

No último sábado (5), um jovem cearense (30 anos) faleceu em decorrência de meningite no Hospital de Urgências de São Bernardo, em São Paulo, onde estava internado há 43 dias. A família precisou pagar R$8.500 para que o corpo do rapaz fosse transferido para Aruaru, distrito de Morada Nova. O dinheiro, entretanto, foi emprestado, e para realizar o pagamento da dívida, eles resolveram divulgar a situação nas redes sociais e arrecadar doações. Até agora, R$3 mil já foram levantados.

O rapaz, que era cabelereiro, foi acometido por uma pneumonia em setembro. A doença deixou sequelas, e em outubro, ele sofreu o primeiro desmaio. “A gente tem o grupo da família, o companheiro dele entrou em contato e disse que ele passou mal e não contou pra ninguém. Desde esse primeiro desmaio, ele começou a falar coisa que não fazia sentido. Levaram ele para o hospital e o médico disse que ele estava com crise de pânico e passou um antidepressivo”, comentou uma prima. No fim do mesmo mês, o cearense passou mal novamente, e só depois foi constatado que ele havia sofrido um AVC.

O companheiro do cabeleireiro,  com quem morava em São Paulo há 7 anos e dividia um salão de beleza, decidiu levá-lo ao hospital. “Induziram o coma para fazer os exames. Diagnosticaram um inchaço intracraniano. Desde então ele não acordou mais, disseram que ele teve uma melhora, mas depois teve uma parada respiratória”, informa a prima. Depois da internação, ele foi diagnosticado com um quadro grave de meningite, enquanto ainda tratava a pneumonia remanescente.

Os custos do tratamento que o hospital público não cobriu, foi dividido entre alguns amigos. Mas, depois do falecimento, a família precisou arcar com as despesas da transferência do corpo de São Paulo para o Ceará. “A funerária cobrou R$8.500. Disseram que era por conta de um produto para conservar o corpo e porque a meningite é uma doença muito contagiosa”, conta a prima.

A solução inicial foi pagar os custos com um cartão de crédito emprestado e organizar uma arrecadação financeira nas redes sociais para quitar a dívida. Dessa forma, a família conseguiu trazer o corpo e realizar o enterro. “Sepultamos ele no domingo (6), em Aruaru. O hospital tinha muita urgência em liberar logo do corpo, queriam enterrar ele lá, mas a gente queria dar um último adeus”, destaca a familiar.

Fonte: Diário do Nordeste