Covas precisaram ser abertas do lado de fora do cemitério de Brumadinho para . A necessidade de novos túmulos fora deixou moradores do vilarejo indignados. O servente de pedreiro Sidney Aparecido da Cruz, de 44 anos, não esconde a tristeza.
Ele sepultou a irmã, que trabalhava numa pousada destruída pelo mar de rejeitos de minério, e aguarda o dia em que os bombeiros vão encontrar os corpos de um sobrinho e prima que moravam numa casa erguida do caminho da avalanche.
Muitas vítimas da barragem moravam em Córrego do Feijão, lugarejo cercado por montanhas e bem abaixo da represa que se rompeu. Para abrir as covas ao lado do cemitério, uma área de mata nativa precisou ser devastada.
O terreno antes ocupado por árvores deu lugar a um descampado de terra batida. É ao lado do cemitério que fica o heliponto improvisado pelo Corpo de Bombeiros. As aeronaves que decolam de lá vão atrás de sobreviventes, mas, quase duas semanas depois do estouro da represa, retornam com corpos.
No último balanço, em 07/02, são 150 mortos e 182 desaparecidos
Um velório temporário precisou ser improvisado no lugarejo. Fica a poucos metros do acúmulo de lama.
Fonte: Notícias R7