Funerárias reclamam de dificuldades para declaração de óbito em Feira de Santana

Para que uma pessoa possa ser sepultada é necessário uma declaração de óbito. No entanto, a prefeitura de Feira de Feira de Santana só emite essa declaração durante o dia.

As funerárias de Feira de Santana e os centros de velório estão enfrentando problemas para atender famílias e pessoas que morrem de forma natural no período da noite.

“Existe um serviço de declaração de óbito na cidade que é controlado pela Secretaria de Saúde do município e quando falece uma pessoa depois de seis horas da tarde, o médico só dá essa declaração de óbito no dia seguinte. E isso aí cria um transtorno para as famílias que ficam com o falecido sobre uma cama até o dia seguinte que é quando a empresa funerária tem a autorização de fazer o atendimento funerário. Se a funerária for remover o corpo sem autorização, corre o risco de responder processos”, afirmam as funerárias locais.

Para as empresas, o fato da prefeitura não emitir a declaração de óbito no período da noite está prejudicando a imagem das empresas. As famílias entendem que há uma má vontade na prestação do atendimento questionam o serviço prestado.

Versão – O supervisor da divisão médica da Secretaria Municipal de Saúde Rodrigo Matos esclareceu que Feira de Santana não tem um Serviço de Verificação de Óbito. O que existe, segundo ele, é o Serviço de Declaração de Óbito.

O responsável é o médico assistente. Existe um plantão médico de 7h da manhã até as 19h para que o médico seja acionado e verifique a situação desse óbito.

“Presumidamente são avaliados os exames, e é liberada a declaração de óbito por esse médico que é o plantonista desse serviço municipal que é o Serviço de Declaração de Óbito”, relatou

Matos, opinou que não é viável que os médicos das unidades de saúde como policlínicas atestem os óbitos das pessoas falecidas em residências.

Tecnicamente eu discordo frontalmente dessa possibilidade porque o médico que está de plantão ele tem sob a sua guarda um número de pacientes que estão sendo atendidos. Fora os pacientes que podem chegar para ser atendidos em situação de gravidade e então tecnicamente entenderia como absolutamente equivocado, o médico sair da porta de uma emergência, onde tem o atendimento geralmente grande, para fazer a declaração de óbito. É inviável tirar um médico de plantão no SUS para realizar esse tipo de serviço”, enfatizou.

O médico comentou ainda que o custo para manter um Serviço de Verificação de Óbito com médicos patologistas de plantão é muito alto e equivalente ao valor de construção de uma Unidade de Pronto-Atendimento UPA.

Fonte: acordacidade.com