Em manifestação de luto geralmente reservada para estadistas ou ícones culturais, milhares de pessoas prestaram homenagens à gata Tama, que em 2007 ficou famosa por se tornar a “chefe de estação” – usando uniforme e quepe – de uma linha ferroviária que estava falindo no Japão.
A estimativa é que cerca de 3 mil pessoas, incluindo oficiais da linha de trem, foram dar um último adeus à gatinha da raça Shinto, dias depois de ela morrer aos 16 anos, o equivalente a 80 anos humanos.
Antes de Tama aparecer na estação, a linha levava apenas 5 mil passageiros por dia. Quando a estação “contratou” a gata, o número de passageiros aumentou 10% no primeiro ano de trabalho da nova funcionária. Desde então, o chamado “efeito Tama” fez com que a economia local girasse em torno de 8,9 milhões de dólares (cerca de R$ 28 milhões), segundo estimativas.
Ela ganhou, com isso, o status de deusa Shinto, em referência à sua raça. Tama será consagrada em um santuário perto dali em agosto.
Em uma mensagem de condolência, o governador da cidade de Wakayama descreveu Tama como uma “superstar do turismo” que ficou famosa mesmo fora do Japão. “Expresso minha tristeza e gratidão”, disse.
Durante seus oito anos como empregada da estação, Tama seguiu uma trilha de garota-propaganda e alcançou o cargo de vice-presidente da firma de trem. No domingo, ela ganhou um novo título honorário: eterna chefe de estação.
Mas a história não acaba por aí. A empresa pretende contratar uma gata da mesma raça para substituir a querida funcionária, e ela já tem nome: Nitama.2015-7-20_gatatama_tema_G