Tenho observado cada vez mais, especialmente na cidade de São Paulo, que os sepultamentos estão sendo realizados no menor prazo possível após o óbito.
Essa prática, porém, precisa ser repensada e contida pelo setor funerário, não apenas pelo bem da operação, mas principalmente em respeito às famílias e àqueles que partiram.
É fundamental iniciarmos, juntos, um trabalho de conscientização para que a população compreenda que o sepultamento pode e deve ocorrer e m um prazo adequado, permitindo que todas as etapas essenciais sejam respeitadas:
- Preparação do corpo – garantindo um adeus digno.
- Organização do local do velório – proporcionando ambiente adequado para o último adeus.
- Preparo do jazigo – assegurando que tudo esteja pronto para o sepultamento.
- Regularização da documentação evitando transtornos burocráticos nesse momento já tão delicado.
- Comunicação do óbito a amigos e familiares – permitindo que mais pessoas tenham a chance de se despedir
- Deslocamento de parentes e amigos – dando tempo para que cheguem até o local d a cerimônia.
- O desligamento completo da alma do corpo – respeitando crenças e tradições espirituais. • A compreensão da grandeza e profundidade do momento – permitindo que os familiares assimilem a perda.
- A escolha adequada das homenagens – para que o adeus seja condizente com a memória do falecido.
- Respeito ao tempo de cada familiar para assimilar a despedida – cada luto tem seu próprio ritmo. Mudar essa cultura e ressignificar os costumes do sepultamento levará tempo.
No entanto, é nosso dever, como profissionais funerários, assumir essa responsabilidade, orientando e conduzindo a s cerimônias com respeito e humanidade.
Afinal, essa é a essência do nosso papel: oferecer acolhimento e dignidade em um dos momentos mais sensíveis d a vida.
Lourival Panhozzi
Presidente ABREDIF