Plataformas de escórias.

Plataformas de escórias.

Pensei e desejei morrer, antes de ver parte do meu setor perder sua identidade, de ver a arte de ser funerário se transformar em uma mera atividade mercantilistas, mas ainda não morremos, estamos aqui, os verdadeiros funerários do Brasil, vendo isto acontecer, mas o lado bom desta história é que, a maior parte das Funerárias está se unindo, buscando, entre tantos atos inomináveis, o seu espaço e forças para defender, o direito de não sermos explorados por bactérias, que tentam a todo tempo, tirar do nosso setor a parte mais nobre e dignificante de ser funerário: “o atendimento á familia, a partir de uma relação direta e respeitosa, dentro de parâmetros unicamente éticos e profissionais”.

Quando vemos , a atividade perniciosa a sociedade das chamadas plataformas, sairem do esgoto, e anunciarem no Facebook, abertamente, o aliciamento de empresas funerárias para atenderem seus propósitos de enriquecimento sem causa, e percebemos que alguns funerários, assim como no conto do flautista de Hamelin, irão atrás do som das moedas caindo, para logo a frente se afogarem em um mar de chorume, concluímos que esta luta ainda terá muitos rounds antes de terminar.

Certo é, “Estas coisas” só estão crescendo e ampliando seus tentáculos porque temos, no nosso setor, tantos Judas que um ano inteiro não seria suficiente para a todos enforcar.

Esperamos ainda ver o nosso setor, resgatar plenamente a sua postura de Dirigentes da Atividade funerária, e se impor, diante desta aberração que se tornou a “intermediação viciada” da contratação do serviço funerário no Brasil.

Nosso setor nada tem, contra a lícita comercialização de seguro funerário, o que nos causa repugnância é a exploração da atividade e das famílias, por parte das plataformas, que usurpam dos diretos contratados na apólice de seguro, e exploram as funerárias com cobrança de “pedagios” e contratação de serviços de qualidade inferior, sempre por valor abaixo do mercado.

Muitas vezes atendemos com prejuízo, mesmo sem ser conveniado a pilantragem, só para não causar a família um transtorno a mais no momento de perda de um ente querido. Isto tem que parar.

Registramis aqui Sim, nosso agravo àquelas Seguradoras que se silenciam, diante desta situação, que todos sabem beneficia, além das plataformas de escórias, alguns de seus próprios e mais próximos membros, corrompidos pelo mesmo interesse escuso.

Cortar na própria carne dói, mas as Seguradoras precisam agir para restabelecer uma relação de confiança e de paz no setor.

O setor funerário está sangrando mas ainda vive.