Um coração de Funerário que ainda bate no peito.
Esta semana um amigo de todas as horas aventou sobre a possibilidade de passar parte de sua operação para um fundo. A sensação que senti ao ouvir sua análise, em forma de desabafo diante dos rumos que o setor está tomando, me entristeceu de forma ímpar. Sinto, cada dia mais, que perdemos, não sei se a luta ou a inocência, não importa, seja qual for a situação perdemos nosso viés funerário, no lugar dele hoje predomina uma pluralidade de novos perfis, atuando cada um segundo sua própria crença e convicção.
Não digo que seja errado, nem estou criticando, quem sou eu para julgar?, apenas sinto, desde já, saudade de pensar só como funerário, era tudo tão mais simples e mesmo sendo tão difícil, Belo.
Tínhamos uma fé, até então inabalável, que ser funerário era um sacerdócio mais significante que os holofotes da soberba, ao qual tantos buscam se colocar a frente.
Quem bom que os anos me alcançaram e se acumularam para não me permitir ver o fim de um sonho que ainda acalento, que ainda bate no coração deste velho funerário.
Lourival Panhozzi
Só um Diretor Funerário, mas não completamente só, ainda….