Não tá vendo!?
Mas tá acontecendo.
Na ânsia de tudo se divulgar, falar e vender, de aparecer e ser reconhecido, muitas ações, hoje alardeadas e desenvolvidas no nosso setor, tem proporcionado uma exposição desnecessária do segmento, até mesmo falsa, trazendo muito mais obstáculos do que soluções. Querer trabalhar, em uma plataforma onde a livre concorrência é aceita, não é o mesmo que incentivar uma proliferação predatória e desordenada de competidores, fato que ninguém pode negar que esta ocorrendo.
A situação se agravou quando a realização de eventos, especialmente feiras e congressos, saiu das mãos das entidades oficias e passaram para a de grupos, formados, especialmente e exclusivamente, sob o manto de interesses econômicos, muitas vezes conflitantes aos institucionais defendidos pela associações de funerários. Vimos o mercado crescer, crescer em número de concorrentes, acabamos alimentando cobras que hoje querem nos picar, demos luz para muitos cegos que audaciodamente querem ditar as regras do jogo.
Agora ninguém quer ver, mas tá acontecendo; um início de recessão no mercado funerario pela saturação de espaço, o setor se dividiu em muitos novos atores, os problemas se multiplicaram e a lucratividade diminuiu, mesmo assim muitos funerários continuam indo para feiras funerarias como se estivessem indo a Las Vegas, para se divertir e enriquecer terceiros, sem nenhuma preocupação com o dia seguinte.
Por este motivo que tenho buscado junto aos demais sindicatos, ao grupo de expositores que hoje fazem suas próprias feiras e a Associação de fabricantes de urna, uma reorganização e reestruturação na realização dos eventos futuros, defendo a volta da FUNEXPO, com uma roupagem nova, com a participação de todos, onde quem é comercial que se preocupe em vender, quem é entidade que cuide da parte acadêmica/institucional, cada um com seu papel, direito, responsabilidade e obrigação, para que juntos possamos, fortalecer nosso segmento.
Nenhuma ação da nossa entidade terá resultado sem que, mesmo que velada, haja manifestação no mesmo sentido por parte de seus membros, sabemos que muitos não gostam ou temem se manifestar, mas é preciso tirar as mãos da frente dos olhos e ver, abrir a boca e dizer: “é isto que eu quero e não quero desta forma”, para que todo nosso tempo de luta e trabalho não escorra pelo ralo da ganância, de quem quer literalmente nos explorar, usar e destruir.
O que o setor será amanhã, o que será da sua empresa no futuro?. Será o que você conseguir ver hoje e dicidir agora. Será nós ou “os outros”. Boa escolha.
Fraternal abraço a todos meus irmãos funerários.
Lourival Panhozzi
Presidente da Abredif/Sefesp