O mercado paralelo no Rio de Janeiro tem ramificações em diversos setores, inclusive no serviço funerário. De acordo com uma reportagem do O Globo, essas empresas clandestinas já ocupam 37,73% do mercado no município, são pelo menos 20 ilegais e 53 cadastradas.
O presidente das Empresas Funerárias do Estado afirmou que diversas denúncias foram feitas, mas nunca fizeram nada. Segundo ele, uma lei municipal proíbe a instalação de funerárias em frente a unidades hospitalares, mas as clandestinas abrem como se prestassem outros tipos de serviços, como loja de material de construção, por exemplo.
O representante das Funerárias afirmou que há uma conveniência entre agentes dessas funerárias ilegais e funcionários de hospitais e até de funerárias legalizadas. Segundo ele, fica um funcionário da funerária ilegal em hospitais para abordar parentes de pessoas que faleceram. Eles cobram R$ 4 mil por um funeral. E já estão fechados com alguma outra funerária legalizada que cobra aproximadamente R$ 1,5 mil. O restante, a ilegal embolsa.
O órgão já enviou aos cemitérios públicos e privados uma relação das funerárias legais do município para eles aferirem se a empresa é habilitada ou não, porém com a rotatividade das pessoas na administração isso acabou não sendo reforçado e os cemitérios acabam aceitando sem se certificar.
O Globo