O prefeito de Rio das Ostras -RJ decidiu afastar a direção do hospital municipal da unidade. A medida foi tomada após a denuncia do desaparecimento de um corpo na unidade de saúde.
De acordo com a denuncia da família (gravada em vídeo), ao chegar ao hospital, a funerária que faria o transporte do cadáver até um cemitério em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, não o localizou. O homem de 85 anos morreu dia 19/05 com suspeita de Covid-19.
“Ontem a gente recebeu a notícia de que meu avô tinha falecido no pronto-socorro da Prefeitura de Rio das Ostras. E hoje, quando fomos fazer o enterro, a funerária veio aqui para buscar o corpo e infelizmente ele desapareceu. Eu não sei a quem recorrer (…) A gente não conseguiu fazer o sepultamento do meu avô porque o corpo dele sumiu (…) Se foi enterrado por outra família a gente também não sabe“, disse um familiar.
Em outro vídeo, feito no hospital à noite, a família afirma que continuava sem informações sobre o corpo e , também, que nenhum dos parentes foi procurado por autoridades do município.
Em nota, a Polícia Civil informou que “de acordo com a 128ª DP (Rio das Ostras) o caso a princípio foi registrado como destruição, subtração ou ocultação de cadáver, e as partes ainda estão sendo ouvidas para apurar as circunstâncias do caso”.
Depois de a denúncia feita, o prefeito de Rio das Ostras recorreu à internet para dar um posicionamento sobre o caso. Em um vídeo publicado no perfil oficial da prefeitura no Facebook, ele disse ter ficado indignado com o que aconteceu e citou uma troca de corpos.
“Vamos entrar com um processo administrativo afastando a direção, a coordenação do pronto-socorro, e quero ter um desfecho”, afirmou ele.
Nota da redação – Em todo o país casos como esse vêm acontecendo com certa frequência depois que o numero de mortes por COVID-19 começaram a aumentar. Em geral as unidades de saúde estão preparadas para o atendimento aos doentes, o que já está sobrecarregando o sistema. O gerenciamento dos Corpos, que precisam ser (preparados) e retirados rapidamente nos locais onde aconteceu o falecimento, tem sido bem complicado mesmo (veja mais casos como esse na coluna Clipping da Revista Diretor Funerário – de junho 2020).
Fonte: O Globo Rio