O ritmo de mortes pela Covid está em estágio tão acelerado que nem o serviço funerário de São Paulo, que tem 22 cemitérios públicos, dá conta de atender à demanda. Cemitérios já não têm mais vagas e famílias precisam enterrar seus entes queridos até à noite.
A cada minuto dos últimos 7 dias, duas pessoas morreram de Covid no Brasil. Um ritmo do qual não dá conta nem o sistema funerário da maior cidade do país. “Além de espaço, falta também estrutura física e material e até carros para levar os corpos”, relata o repórter da Globo César Galvão.
A cada minuto dos últimos 7 dias, duas pessoas morreram de Covid no Brasil. Um ritmo do qual não dá conta nem o sistema funerário da maior cidade do país. “Além de espaço, falta também estrutura física e material e até carros para levar os corpos”, relata o repórter da Globo César Galvão.
Na conversa com Renata Lo Prete, ele conta como foi seu trabalho de acompanhar sepultamentos noturnos em São Paulo. E compartilha histórias como a de “um filho que disse que não conseguiu prestar uma última homenagem à mãe e ainda teve que enterrá-la no escuro”.
Participa ainda deste episódio Lourival Panhozzi, presidente da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário, que procura dimensionar a tragédia: “O número de mortes que estamos vendo só seria alcançado no Brasil, dentro da normalidade, em 2045”. O impacto, diz, atinge também quem trabalha no setor: “Sou funerário há 45 anos. Sempre vi famílias chorando nos velórios. Agora eu entro no velório e o que vejo é a minha equipe chorando”.
Acompanhe (a participação de Lourival Panhozzi, da ABREDIF. é a partir dos 14 minutos)
Fonte: G1