Entre os problemas estão o descaso com as ossadas exumadas e o aluguel de uma limusine que não é utilizada com frequência
As irregularidades foram apontadas pela Controladoria Geral do Município de São Paulo – CGM – após investigações.
A administração municipal, atualmente a cargo de Bruno Covas, afirmou que já tomou providencias para corrigir as irregularidades assim que foram apontadas pela CGM. A ideia da prefeitura é, desde 2017, privatizar o serviço funerário, mas o processo está bem enrolado.
De acordo com investigações da Folha de São Paulo, que se debruçou sobre o relatório da CGM, o prejuízo com o aluguel de 3 limusines chegou a 1,3 milhão em 17 meses. Em 2018, realmente foram tomadas providencias: o contrato foi reduzido e no lugar de 3 carros de luxo, ficou apenas 1, que continua sendo sub utilizado.
O contrato é de 2016 e foi assinado na gestão de Fernando Hadad, mas foi renovado pela atual administração. O contrato contempla o aluguel de 40 veículos para todos os serviços funerários. A conta da Folha de São Paulo mostra que se o contrato de locação de carros, não contemplasse motoristas (já que há funcionários da autarquia recebendo para isso) a economia chegaria a R$ 16 milhões.
Além dos carros de luxo, o Serviço Funerário Municipal já foi apontado em compra irregular de flores e de urnas, somente nos últimos dois anos. Na avaliação de Bruno Covas esse é o pior serviço oferecido pelo município e os problemas vão desde alto índice de funcionários afastados (aposentadoria, doença, etc) até dificuldades para manter a segurança e a manutenção de velórios e cemitérios.
Mesmo aguardando autorização para a privatização, a gestão municipal tem feito melhorias e enviou relatório a CGM informando sobre as sindicâncias para apurar irregularidades implantadas na autarquia, além da redução de gastos e aumento da arrecadação, numa tentativa de equilibrar as finanças.