Durante o velório de Telma Maria Pereira de Andrade a tristeza era compartilhada por todos, mas foi a reação da cadela Belinha que mais emocionou a família. Companheira de Telma durante o tratamento contra o câncer, a cadela da raça boxer era chamada de “enfermeira” e no velório ficou sempre perto do caixão, vigilante, velando o corpo de sua companheira. A própria família ficou impressionada com a ligação entre as duas.
“E como um anjo ela passou a noite toda ao seu lado. Mamãe dizia que era a sua enfermeira. A Belinha, como foi batizada por Telma Maria, mostrou ser a companheira mais que fiel. Amor, vida, morte e ensinamentos. Alguns vão dizer que sou um idiota em postar a foto do caixão da minha mãe, mas uma imagem pode ensinar muita gente a amar os animais, e que animais não são só animais, pois eles são puramente amor“, escreveu o filho de Telma, Dionísio Neto.
O que mais o impressionou a família foi a postura da cadela enquanto o corpo era velado. “No velório ela ficava em pé quando as pessoas se aproximavam do caixão e ficava vigilante”.
A amizade entre as duas durou todo o período em que Telma esteve doente. “Ela fez muita companhia para minha mãe e manteve a alegria”, comentou o filho. A relação entre as duas foi construída aos poucos. “No começo ela não queria, mas depois se tornaram melhores amigas”. Belinha está na família desde que nasceu, há 4 anos.
Telma morreu em decorrência de um câncer. “Minha mãe teve uma metástase afetando pâncreas, fígado, pulmão, coluna e estava bem evoluído. Ela sofria muitas dores e a cadela funcionava como uma distração, uma terapia. Foram dias difíceis e dolorosos. Até hoje a cadela vai até no quarto e fica chorando”, relatam os familiares que pretendem levar Belinha para visitar o túmulo de Telma.
FONTE: G1 – Piauí