O serviço funerário do Rio de Janeiro é fiscalizado por meio de normas imbecis aplicadas por pessoas sem a mínima condição de entender o seu verdadeiro papel no setor, um setor que aliás não conhecem, estão na posição de controladores em que estão exclusivamente por fatores políticos, que atendem a interesses desconhecidos e não o público.
Esta semana tive uma experiência muito forte, um cunhado querido (Cristopher Ferrando) foi mortalmente ferido em um assalto no Rio de Janeiro, passamos vários dias no hospital Getúlio Vargas a seu lado, no dia do seu falecimento estávamos na entrada do Getúlio Vargas e havia vários carros funerários circulando sem parar na frente do hospital, a identificação dos carros gritava, no Rio de Janeiro o setor funerário é obrigado a escrever bem grande a palavra FUNERÁRIA nos carros para facilitar a fiscalização, é isto mesmo, para “facilitar” um trabalho que eles não fazem, e quando fazem o fazem porcamente, as famílias são obrigadas a sentir o que minha esposa e minha sogra sentiram quando viram aquela procissão de mal gosto, na hora me perguntaram o que estava acontecendo, porque aquilo. Como funerário que sou senti vergonha, como membro da família senti revolta, realmente não tem sentido, se no passado colocávamos urnas na frente da nossa loja e a lei na grande maioria das cidade proibiu (corretamente) esta pratica, por entender que feria a sensibilidade das pessoas, hoje fazemos isto de forma obrigatória na cidade do Rio de Janeiro nas vias públicas, circulando pela cidade.
A culpa por infringir as famílias do Rio de Janeiro um sofrimento desnecessário neste caso não é do setor funerário, é sim da falta de capacidade e sensibilidade do setor encarregado de coordenar, o CMC (Comissão Municipal de Cemitérios) parece piada, eles dizem que coordenam o setor funerário, é culpa também dos políticos e destes nem vale a pena falar mal, porque como safados que são falar mal lhes engrandece o ego, sentem eles que lhes aumenta o poder.
Parabéns CMC, vocês conseguiram o impossível, agravar um momento que já era horrível. Continuem a fiscalizar, é isto que importa para vocês, continuem a fechar as pequenas empresas funerárias que não conseguiram pagar a carga trinitária, é isto que importa para vocês, continuem a proteger os amigos do prefeito e do presidente da Assembleia, proprietários dos grandes grupos funerários da cidade, é isto que importa para vocês. O que importa para a sociedade, isto não importa a vocês, só importa a quem sente o peso da merda que vocês fazem, pior que vocês só o patrão dele (Geraldo Magela Monge) que foi ao hospital e disse “ainda bem que ele não tomou o tiro no seu local de trabalho”, quanta sensibilidade, e pior que os dois só mesmo quem atirou, ou igual, cada um fere com a arma que tem.
Desabafo de um diretor funerário que conheceu o serviço Funerário do Rio de Janeiro dos dois lados da história. Não me contaram. Eu vivi o que digo.