A falta de vagas em cemitérios atinge algumas das maiores cidades de Santa Catarina. EmFlorianópolis, o déficit é de 40 mil vagas, conforme a prefeitura. Com mais de 400 mil habitantes, a cidade conta com 16 cemitérios públicos. A prefeitura prometeu abrir 500 vagas até o final de 2016.
“Nós procuramos remeter esse sepultamento nos cemitérios das intendências e procuramos alternativas como indicar a crematórios ou cemitérios particulares aqui no entorno”, disse o gerente de cemitério do Itacorubi, Alexandre Magno de Jesus. Em toda a cidade, presos vão trabalhar em cemitérios fazendo levantamento dos túmulos que podem ser liberados.
Oeste catarinense
Já em Chapecó, no Oeste, a prefeitura faz essa liberação de túmulos há anos, mas vende os espaços. O morador precisa pagar de R$ 2 mil a R$ 4 mil para uma vaga.
“Eu penso em ser enterrado aqui com a minha família e como sei que está sempre faltando vaga, resolvi fazer tudo com antecedência”, conta o representante comercial Gelson de Oliveira, que entrou numa lista de espera para comprar um espaço.
“Isso é um problema que muitas cidades enfrentam. A gente hoje tem uma lista de espera de 80 a 100 pessoas que querem comprar algum espaço no cemitério do Centro da cidade”, explica o coordenador de serviços gerais da prefeitura de Chapecó, Nilton Célio Nuncio.
Na cidade, há cerca de 500 lotes disponíveis em um outro cemitério municipal, na Linha Tomazelli. Por ficar a cerca de 12 quilômetros do município, a procura é baixa. Nos cemitérios particulares, o custo é de até R$ 6 mil.
Crematórios
Santa Catarina tem cinco crematórios, todos particulares. Um deles foi instalado recentemente na Grande Florianópolis, mas cobra a partir de R$ 2,8 mil. Fora o custo, nem todas as famílias se sentem confortáveis com a opção. Entretanto, nos últimos cinco anos a procura tem crescido no estado e a estimativa é de que aumente ainda mais.
“Essa prática tende a aumentar na faixa de 20% a 30% em cinco anos. As pessoas vão conhecendo um pouco mais esse processo e também qual é a vantagem de procurar o crematório em vez do cemitério”, disse o diretor comercial de um crematório, Leonardo Leir.