Uma mulher se passou por irmã de uma manicure assassinada por engano em Penedo, no interior de Alagoas, e cortou o cabelo do cadáver, ainda dentro da funerária, durante a preparação para o velório.
O caso foi parar na imprensa.
A manicure Carolaine Correia dos Santos, de 26 anos, foi morta em 15 de agosto, num enredo que parece de novela. As investigações apontaram que o alvo dos atiradores seria uma amiga com quem ela conversava no momento do crime e que tem envolvimento com o tráfico de drogas. O vilipêndio ao cadáver aconteceu quando o corpo foi levado para a funerária, no dia seguinte ao assassinato.
Segundo a Polícia Civil, uma a mulher se apresentou na funerária como técnica de enfermagem e irmã da vítima e pediu para preparar o corpo para o velório, sendo autorizada pelos funcionários. Logo em seguida, o pai de Carolaine chegou ao local e foi informado da situação. Foi quando ele esclareceu que a vítima não tinha nenhuma irmã.
Os funcionários correram, mas a mulher misteriosa não estava mais no local e o cabelo da vítima já tinha sido cortado.
Apesar do vilipêndio, o corpo foi liberado para o velório. A mulher voltou a aparecer, mas dessa vez com uma coroa de flores e o cabelo de Carolaine nas mãos. Segundo relato de testemunhas à polícia, ela se dirigiu até a mãe da vítima e perguntou se alguém queria o cabelo. Se não quisessem, ela faria um mega hair com ele.
“É inacreditável, mas é o que nós temos confirmado pela Polícia Civil. A segunda versão é que ela chegou com o cabelo para entregar à mãe, dizendo que não era para a família esquecer da vítima” disse o policial.
Diante da situação, familiares de Carolaine chegaram a agredir a mulher, pegaram o cabelo de volta e o colocaram no caixão para que fosse enterrado com o corpo.
As duas versões relatadas à polícia estão sendo investigadas no inquérito para apurar crimes de vilipêndio a cadáver e falsidade ideológica. O delegado responsável pelo caso deve intimar familiares de Carolaine, pessoas que estavam no velório e também a suspeita.
Especialistas em segurança observaram que houve falha da empresa funerária ao permitir o acesso de terceiros ao cadáver.
Além desses crimes, a Polícia Civil ainda investiga o homicídio da manicure.
Fonte: G1 AL