O conceito de enterro ecológico, que começa a tomar uma dimensão mundial, é um revés na estratégia de muitos que investiram no preconceito, desinformação e ajuda comprada de órgãos regulamentadores, para obrigar o setor funerário usar uma série de artefatos, todos eles desnecessários, como o vulgarmente chamado “fraldão”, ou as invencionices de jazigos gavetas com tecnologia de nada, que segundo seus idealizadores, seriam os únicos capazes de evitar a contaminação do planeta pela decomposição dos corpos sepultados.
No sepultamento ecológico o corpo é depositado diretamente na terra, em urna de madeira, não são utilizados nenhum material de contenção, é o conceito de corpo fértil, ele contribui para com o meio ambiente, não o agride como alguns querem fazer a sociedade acreditar, para assim auferir ganhos com a comercialização de produtos inúteis.
O conceito de sepultamento ecológico vem sendo adotado principalmente pelos países, tidos como de primeiro mundo, que têm tradição e conhecimento no meio ambiente, não se trata de um modismo, é uma constatação lógica e fundamentada.
É preciso agora, que os legisladores brasileiros, que foram induzidos a erro, por estudos encomendados até mesmo de entidades de renome, mas que pelo fato de terem sido “comprados” por empresas com interesses puramente comerciais, que de certa forma direcionaram e contaminaram os resultados, revejam seus posicionamentos e revoguem o absurdo que se instalou em muitos municípios.
A ABREDIF sempre se colocou contra estes produtos e sempre defendeu a idéia de “Corpo Fertil”, continuará de forma incansável, a combater a desinformação que eleva o preconceito para com os assuntos relacionados a morte é ao sepultamento, bem como, a defender o direito das pessoas fazerem livremente suas opções, dentro dos seus costumes e tradições, para realizar o sepultamento/homenagem de seus entes queridos.
Lourival Panhozzi
Presidente ABREDIF/SEFESP