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Funerária terá de ‘envelopar’ cadáveres para proteger água de necrochorume

Presidente da ABREDIF classificou a medida de absurda e comercial

Cinco dias depois que o Midiamax publicou uma denúncia afirmando que em Dourados os mortos continuam sendo sepultados diretamente na terra sem nenhuma forma de proteção ao solo, o Instituto de Meio Ambiente de Dourados (IMAM) publicou no Diário Oficial a portaria número 001/2017 obrigando as funerárias a acondicionar os corpos “em invólucro protetor para os sepultamentos nos cemitérios municipais”.

A portaria foi assinada pelo diretor presidente do IMAM, o arquiteto Fábio Luis da Silva e segundo ele “a medida vem para reforçar a proteção ao meio ambiente nos locais e vale tanto para os cemitérios públicos quanto particulares”. Na portaria consta que será exigido nos sepultamentos, um invólucro no interior dos caixões, para conter o chorume liberado pelos corpos. “Assim não haverá contato de tal material com o solo ou a água dos locais”, disse o arquiteto.

A portaria dá um prazo de noventa dias para as funerárias se adaptarem a nova medida. Fábio Luís explica que os materiais são confiáveis e foram escolhidos pela viabilidade e por durar cerca de 150 anos. Os invólucros, segundo o presidente do IMAM, são aprovados pelo Instituto Tecnológico do Paraná. As empresas que não aderirem ao novo sistema dentro do prazo determinado responderão por crime ambiental.

Para o presidente da ABREDIF – Associação Brasileira de Diretores e Empresas do Setor Funerário – Lourival Panhozzi, a situação  é absurda e só beneficia interesses financeiros, não sendo de maneira nenhuma uma proteção ao meio ambiente. “Temos que combater esse tipo de política comercial, onde as decisões são tomadas para gerar notícia e propaganda pessoal de agentes públicos despreparados, quando não mal intencionados!”, afirmou.

Fonte: Midiamax, Nicanor Coelho

 

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