Homem que foi velado e enterrado aparece vivo três meses depois

A família do artesão Geraldo Humberto de Carvalho, 55 anos, iniciou uma luta judicial para provar que ele está vivo, depois de morto e enterrado. O artesão, depois de três meses desaparecido, reapareceu numa missa em ação de graças pelo aniversário de 23 anos da comunidade terapêutica Fazenda da Paz, de onde ele foi interno, no Piauí.

Geraldo de Carvalho fazia tratamento contra alcoolismo e desapareceu. Ele virou morador de rua e mendigo por três meses. A família, sem noticias, reconheceu um corpo no IML como sendo o do artesão, fez velório e sepultamento.

O diretor da Fundação Fazenda da Paz, Célio Luiz Barbosa, informou que Geraldo foi acolhido novamente na instituição e está entrando no terceiro mês de tratamento contra a dependência química, que deve durar cerca de um ano. Ele disse que a família está muito abalada e não quer mais se expor sobre o caso.

A Fazenda da Paz disponibilizou assessoria jurídica para ressuscitar Geraldo de Carvalho juridicamente, inclusive em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Assistência Social.

“Ele não está apenas morto. Está morto e enterrado. Tememos até que haja problemas pelo uso de documentos dele, porque pode parecer que está havendo uso de documentos falsos. Atualmente, ele é um morto vivo. Agora tem que provar que está vivo. E nascer de novo. Estamos correndo atrás e adotando os procedimentos jurídicos para trazer ele de volta a vida, juridicamente”, explicou Célio Luiz Barbosa.

Ele disse que Geraldo não tinha nenhum problema físico ou mental Ele apenas é um dependente químico e tinha o perfil para ser acolhido na Fazenda da Paz. Geraldo, segundo Célio Luiz, é um excelente artesão em arte sacra em madeira. Ele poderia viver numa situação confortável, se não fosse a dependência do álcool, que o fez perder tudo e virar morador de rua.

O artesão foi resgatado pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), bem debilitado, mas sem doenças física ou mental.

“Agora ele tem que recuperar os documentos. Ele não, a família, porque ele não existe mais. Tem que fazer exames e todos os trâmites legais. O artesão reapareceu no dia 26 de junho, durante uma missa pelo aniversário de 23 anos da Fazenda da Paz, na catedral de Nossa Senhora das Dores, quando foi reconhecido por uma senhora. Ela tinha ido ao velório e ao sepultamento, é amiga da família”, informou o diretor da Fazenda da Paz.

Em relação ao homem enterrado como sendo Geraldo Humberto de Carvalho ainda não tem identificação e nem se sabe se será feita a exumação do corpo para fazer outro tipo de identificação. A família tinha reconhecido o corpo por característica físicas, como a calvice.

Fonte: IG MG