Festas para os Mortos

No Dia de finados lembramos as pessoas que morreram. Os cemitérios ficam cheios de gente levando flores e orações àqueles que já partiram.

Todos os seres vivos nascem, crescem e morrem. Isso acontece desde que o mundo é mundo. Mas os povos primitivos não entendiam por que a morte os rondava, levando pessoas amadas – por isso a celebravam de diferentes formas. Hoje, muitos rituais ainda acontecem mundo afora.

Em muitas tribos indígenas a morte é vista como um ritual de passagem de uma fase da vida a outra. Os mortos continuariam próximos dos vivos, porém em outra dimensão. Já alguns povos africanos acreditam que as pessoas mais velhas estão sempre em contato com o mundo dos mortos e são elas justamente as responsáveis pela ponte entre os dois mundos, celebrando cultos e prestando homenagens.

Existem costumes, entre os brasileiros, que vêm lá do tempo do Brasil Colônia. Um exemplo é o hábito de colocar o morto com os pés voltados para a rua. Acredita-se que, assim, a alma não fica presa naquele lugar. E essa história de “beber o defunto”? Em alguns lugarejos ainda se usa esta expressão, que retrata um velório animado, com muita comida, bebida e música.

E no resto do mundo, como é celebrado o Dia dos Mortos?

Comida na China

Uma vez por ano, no mês de abril, os chineses visitam seus mortos. Muitos viajam quilômetros para ajeitar os túmulos, acender incenso e enfeitar tudo com papel vermelho. Ah, eles não esquecem de levar comida. Esse dia recebe o nome de ching ming, que significa suprema luz, e lembra a continuidade da vida mesmo depois da morte.

Fantasias na Tailândia

Durante o mês de junho os tailandeses fazem festa para Buda – o fundador do budismo. No meio dessa festa, quem vive no norte do país organiza o festival de Phi Ta Khon em homenagem aos mortos. Os jovens se fantasiam com roupas e máscaras assustadoras e dançam até chegar ao templo. Dizem que, nesse dia, os fantasmas e os espíritos se misturam aos vivos.

Caveirinhas no México

O Dia dos Mortos é a maior celebração religiosa do povo mexicano. Durante dois dias – 1º e 2 de novembro – o povo dança, canta, come e bebe em homenagem aos mortos.

A festança pode acontecer nas ruas ou dentro dos cemitérios. É o resultado das crenças católicas e dos rituais dos povos que viveram muito antes da chegada dos colonizadores espanhóis. Esses povos acreditavam que quando as pessoas morriam começavam a viver de novo e eram transformadas em espíritos ou deuses.

Com um futuro tão bom pela frente é o caso de comemorar mesmo. A comida mais famosa dessa festa são caveirinhas sorridentes feitas de açúcar ou chocolate e decoradas com brilhos. Cada docinho leva o nome de um parente falecido da família.